1) (ENEM 2008) Calcula-se
que 78% do desmatamento na Amazônia tenha sido motivado pela pecuária — cerca
de 35% do rebanho nacional está na região — e que pelo menos 50 milhões de
hectares de pastos são pouco produtivos. Enquanto o custo médio para aumentar a
produtividade de 1 hectare de pastagem é de 2 mil reais, o custo para derrubar
igual área de floresta é estimado em 800 reais, o que estimula novos
desmatamentos. Adicionalmente, madeireiras retiram as árvores de valor
comercial que foram abatidas para a criação de pastagens. Os pecuaristas sabem
que problemas ambientais como esses podem provocar restrições à pecuária nessas
áreas, a exemplo do que ocorreu em 2006 com o plantio da soja, o qual,
posteriormente, foi proibido em áreas de floresta.
A partir da
situação-problema descrita, conclui-se que
A) o
desmatamento na Amazônia decorre principalmente da exploração ilegal de árvores
de valor comercial.
B) um dos
problemas que os pecuaristas vêm enfrentando na Amazônia é a proibição do
plantio de soja.
C) a
mobilização de máquinas e de força humana torna o desmatamento mais caro que o
aumento da produtividade de pastagens.
D) o superavit
comercial decorrente da exportação de carne produzida na Amazônia compensa
a possível degradação ambiental.
E) a
recuperação de áreas desmatadas e o aumento de produtividade das pastagens
podem contribuir para a redução do desmatamento na Amazônia.
2) (ENEM 2008) Durante muito tempo, os cientistas
acreditaram que variações anatômicas entre os animais fossem conseqüência de
diferenças significativas entre seus genomas. Porém, os projetos de
seqüenciamento de genoma revelaram o contrário. Hoje, sabe-se que 99% do genoma
de um camundongo é igual ao do homem, apesar das notáveis diferenças entre
eles. Sabe-se também que os genes ocupam apenas cerca de 1,5% do DNA e que
menos de 10% dos genes codificam proteínas que atuam na construção e na
definição das formas do corpo. O restante, possivelmente, constitui DNA
não-codificante. Como explicar, então, as diferenças fenotípicas entre as
diversas espécies animais? A resposta pode estar na região não-codificante do
DNA.
S. B. Carroll et al. O
jogo da evolução. In: Scientific American Brasil,
jun./2008 (com adaptações).
A região
não-codificante do DNA pode ser responsável pelas diferenças marcantes no fenótipo
porque contém
A) as
seqüências de DNA que codificam proteínas responsáveis pela definição das
formas do corpo.
B) uma enzima
que sintetiza proteínas a partir da seqüência de aminoácidos que formam o gene.
C) centenas de
aminoácidos que compõem a maioria de nossas proteínas.
D) informações
que, apesar de não serem traduzidas em seqüências de proteínas, interferem no
fenótipo.
E) os genes
associados à formação de estruturas similares às de outras espécies.
3) (ENEM 2008)
O gráfico abaixo mostra a área desmatada da Amazônia, em km2, a cada ano, no
período de 1988 a 2008.
As informações
do gráfico indicam que:
A) o maior
desmatamento ocorreu em 2004.
B) a área
desmatada foi menor em 1997 que em 2007.
C )a área
desmatada a cada ano manteve-se constante entre 1998 e 2001.
D ) a área desmatada por ano foi maior
entre 1994 e 1995 que entre 1997 e 1998.
E) o total de
área desmatada em 1992, 1993 e 1994 é maior que 60.000 km2.
4) (ENEM 2008) Usada para dar estabilidade aos navios, a
água de lastro acarreta grave problema ambiental: ela introduz indevidamente,
no país, espécies indesejáveis do ponto de vista ecológico e sanitário, a
exemplo do mexilhão dourado, molusco originário da China. Trazido para o Brasil
pelos navios mercantes, o mexilhão dourado foi encontrado na bacia
Paraná-Paraguai em 1991. A disseminação desse molusco e a ausência de
predadores para conter o Crescimento da
população de moluscos causaram vários problemas, como o que ocorreu na
hidrelétrica de Itaipu, onde o mexilhão alterou a rotina de manutenção das
turbinas, acarretando prejuízo de US$ 1 milhão por dia, devido à paralisação do
sistema. Uma das estratégias utilizadas para diminuir o problema é acrescentar
gás cloro à água, o que reduz em cerca de 50% a taxa de reprodução da espécie.
De acordo com
as informações acima, o despejo da água de lastro
A) é
ambientalmente benéfico por contribuir para a seleção natural das espécies e,
conseqüentemente, para a evolução delas.
B) trouxe da
China um molusco, que passou a compor a flora aquática nativa do lago da
hidrelétrica de Itaipu.
C) causou, na
usina de Itaipu, por meio do microrganismo invasor, uma redução do suprimento de água para as
turbinas.
D) introduziu
uma espécie exógena na bacia Paraná-Paraguai, que se disseminou até ser controlada
por seus predadores naturais.
E) motivou a
utilização de um agente químico na água como uma das estratégias para diminuir
a reprodução
do mexilhão
dourado.
5) (ENEM 2008) Define-se genoma como o conjunto de todo o
material genético de uma espécie, que, na maioria dos casos, são as moléculas
de DNA. Durante muito tempo, especulou-se sobre a possível relação entre o
tamanho do genoma — medido pelo número de pares de bases (pb) —, o número de
proteínas produzidas e a complexidade do organismo. As primeiras respostas
começam a aparecer e já deixam claro que essa relação não existe, como mostra a
tabela abaixo.
De acordo com
as informações acima,
A) o conjunto
de genes de um organismo define o seu DNA.
B) a produção
de proteínas não está vinculada à molécula de DNA.
C) o tamanho do
genoma não é diretamente proporcional
ao número de
proteínas produzidas pelo organismo.
D) quanto mais
complexo o organismo, maior o tamanho de seu genoma.
E) genomas com
mais de um bilhão de pares de bases são encontrados apenas nos seres
vertebrados.
6) (ENEM 2008) Um
grupo de ecólogos esperava encontrar aumento de tamanho das acácias, árvores
preferidas de grandes mamíferos herbívoros africanos, como girafas e elefantes,
já que a área estudada era cercada para evitar a entrada desses herbívoros.
Para espanto dos cientistas, as acácias pareciam menos viçosas, o que os levou
a compará-las com outras de duas áreas de savana: uma área na qual os
herbívoros circulam livremente e fazem podas regulares nas acácias, e outra de
onde eles foram retirados há 15 anos. O esquema a seguir mostra os resultados
observados nessas duas áreas.
De acordo com
as informações acima,
A) a presença
de populações de grandes mamíferos herbívoros provoca o declínio das acácias.
B) os hábitos
de alimentação constituem um padrão de comportamento que os herbívoros aprendem
pelo uso, mas que esquecem pelo desuso.
C) as formigas
da espécie 1 e as acácias mantêm uma relação benéfica para ambas.
D) os besouros
e as formigas da espécie 2 contribuem para a sobrevivência das acácias.
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